TUDO 'PELA REVOLUÇÃO'

OU O PT TAMBÉM FAZ PERSEGUIÇÃO POLÍTICA

É facultado à Administração Municipal, no interesse do serviço, remanejar servidores de um para outro local, a fim de melhor adequar a estrutura pública às necessidades existentes. É uma medida legítima e, em primeiro momento, plenamente justificável.

A presente administração efetuou uma mudança radical na estrutura administrativa da Prefeitura, logo nos primeiros meses de governo. Retirou servidores com conhecimento e experiência em seus setores para colocá-los em outros, onde levaram um tempo considerável para adquirir as novas habilidades necessárias, ensejando treinamento e gastos para o Município, além de atendimento precarizado até que os remanejados dominassem as rotinas de cada setor. 

Porém, os excessos, quando ocorrem, denotam algo mais que o simples interesse do serviço. Nesta semana, uma servidora indesejável ou não grata devido às suas posições políticas (mais perceptíveis em cidades pequenas, onde todo mundo sabe 'quem é quem'), foi removida para outro setor, numa mera troca de funcionários, sendo que cada um tinha treinamento para a área em que estava e necessitarão de novos cursos (mais gastos para o Município) para adquirirem novas competências nos setores em que atuarão. Além do mais, outros servidores teriam sido ameaçados de com a mesma medida, caso não 'se enquadrassem'. 

Ante a inúmera ocorrência de fatos de perseguição política, tratada como improbidade administrativa pelos tribunais, a servidora foi aconselhada a procurar o Ministério Público para relatar o seu caso. 

Manifestação de servidor municipal após 'remoção de setor'

"Quem quiser governar deve analisar estas duas regras de Platão: uma, ter em vista apenas o bem público, sem se preocupar com a sua situação pessoal; outra, estender suas preocupações do mesmo modo a todo Estado, não negligenciando uma parte para atender outra. Porque quem governa a República é tutor que deve zelar pelo bem de seu pupilo e não o seu: aquele que protege só uma parte dos cidadãos, sem se preocupar com os outros, induz no Estado o mais maléfico dos flagelos, a desavença e a revolta."

Cícero